O Lucro e a Economia Brasileira

No Brasil, a distribuição dos empregos revela uma realidade interessante sobre a estrutura econômica do país. De acordo com dados recentes, apenas 8% dos empregos são gerados pelo setor público, enquanto as grandes e médias empresas são responsáveis por 22% dos postos de trabalho. No entanto, o verdadeiro motor da economia brasileira são as micro e pequenas empresas, que geram impressionantes 70% dos empregos. Esses números sublinham uma verdade fundamental: o lucro não é apenas um objetivo empresarial, mas uma necessidade social.

Ao contrário da percepção de que o lucro pode ser um resultado de práticas empresariais desenfreadas, é vital reconhecer o papel essencial que o lucro desempenha na sustentação e expansão do emprego. Sem lucro, as empresas não podem investir em novos projetos, tecnologia, ou mesmo na manutenção de empregos existentes. Se considerarmos um cenário hipotético onde 92% das empresas deixassem de ser lucrativas, estaríamos diante de uma crise de desemprego massiva, com consequências devastadoras para a economia e a estabilidade social do país.

Contrariamente a algumas correntes de pensamento, o lucro não é apenas um mecanismo de enriquecimento individual, mas um componente crucial do progresso social. Lucrar significa gerar valor de maneira eficiente e sustentável, incentivando a inovação, a competitividade e a melhoria contínua. Portanto, o lucro é moral quando gerado de forma ética e quando contribui para o bem-estar coletivo, promovendo a criação de empregos, o aumento dos salários e a melhoria das condições de vida.

Ao considerar o lucro como "belo", podemos abordar sua estética no sentido de que ele permite a harmonia entre o desenvolvimento empresarial e o progresso social. Empresas lucrativas são capazes de oferecer produtos e serviços que não apenas atendem às necessidades das pessoas, mas também melhoram a qualidade de vida, fomentam a inovação e estimulam a economia.

A necessidade do lucro transcende o âmbito empresarial, influenciando a robustez do estado. Sem empresas lucrativas, a arrecadação de impostos seria prejudicada, comprometendo a capacidade do governo de investir em infraestrutura pública, saúde, educação e segurança. Portanto, a saúde financeira das empresas é diretamente proporcional à estabilidade e à capacidade de investimento do Estado.

Em suma, o lucro não é apenas uma métrica financeira, mas uma condição essencial para a sustentabilidade econômica e social do Brasil. Reconhecendo o papel das micro e pequenas empresas como geradoras de 70% dos empregos, é crucial promover um ambiente de negócios que valorize e incentive o lucro responsável. Assim, o lucro deve ser visto como um pilar de uma sociedade justa e próspera, onde cada entidade contribui para um ecossistema econômico saudável e sustentável.